Recentemente, cerca de 32 credores da Americanas apresentaram objeções ao plano de recuperação judicial divulgado no mês de junho, questionando a viabilidade econômica e o valor do aporte proposto pelos acionistas.
Em linhas gerais, o plano apresentado pela varejista prevê o aumento de capital em R$ 10 bilhões a curto prazo, com outros potenciais aportes que não tiveram data definida, bem como vendas de ativos, leilão reverso e conversão de dívidas em ações.
Para o BTG Pactual e o Banco Santander, que figuram como credores de R$ 3,52 bilhões e R$ 3,57 bilhões, respectivamente, o plano proposto não garante a viabilidade das operações da companhia, havendo dúvidas inclusive quanto às condições de pagamento.
Por sua vez, os detentores de títulos de dívida em dólar (bondholders), que possuem US$ 1,1 bilhão em créditos contra a varejista, sustentaram a existência de ilegalidades que “constituem potenciais violações às normas de ordem pública dos Estados Unidos da América”, o que ensejaria o não reconhecimento do plano no exterior.